Está a começar um novo projeto europeu que procura combater a violência de género no local de trabalho: BRAVE-WOW, Building Respectful and Violence-free gender-inclusive Environments in the World of Work. Construir ambientes de trabalho inclusivos, em termos de género, respeitosos e livres de violência é o objetivo principal do BRAVE-WOW, um novo projeto CERV, que começou no dia 1 de maio e teve a kickoff meeting no dia 12 de maio, na Universidade de Coimbra. Coordenado pela Universidade de Coimbra e reunindo 14 parceiros de 4 países da União Europeia, incluindo o Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora (CIEP-UE) o BRAVE-WOW visa abordar a violência de género (VG) e o assédio no local de trabalho, com um foco particular no setor da saúde – um dos mais afetados por estas questões. Uma grande inovação do BRAVE-WOW é o desenvolvimento de uma nova ferramenta de avaliação – o Questionário de Violência de Género no Trabalho – concebido para melhorar a compreensão e a prevenção da violência de género e do assédio no local de trabalho, que será complementado pelo Questionário de Trabalho Digno. Estas ferramentas serão aplicadas e testadas em organizações de saúde em Portugal, Itália, Espanha e Eslovénia, e posteriormente estendidas a outros contextos europeus. O BRAVE-WOW irá construir uma compreensão profunda das causas da VG e do assédio através de uma recolha e análise de dados robusta e atualizada, realizando uma investigação abrangente à escala da UE. A sua abordagem baseia-se nos princípios do trabalho digno e adota uma perspetiva interseccional e sensível ao género, reconhecendo as experiências de mulheres, homens, pessoas LGBTQA+ e grupos especificamente vulneráveis. O projeto foi concebido para ser participativo e inclusivo desde o início, utilizando grupos focais, entrevistas e mesas redondas com os principais stakeholders, complementados pela análise de sentimentos nas redes sociais, para monitorizar e identificar expressões online de violência ou comportamentos tóxicos. As conclusões informarão a criação de procedimentos práticos e recomendações políticas, codesenvolvidas com parceiros e colaboradores externos.